Internacional

China acusa NATO de "incitar ao confronto" entre blocos

2024-07-11 12:29:27 (UTC+01:00)

A China exortou, hoje, a NATO a deixar de "incitar ao confronto" entre blocos, depois de a aliança transatlântica ter acusado o país asiático de prestar assistência crucial à Rússia na invasão da Ucrânia.

Segundo uma declaração do porta-voz da missão chinesa junto da União Europeia (UE), Pequim expressou "forte insatisfação" e denunciou o comunicado da NATO como "imbuído de mentalidade de Guerra Fria e de retórica belicosa".

"A NATO deve deixar de fazer alarido sobre uma suposta ameaça da China, deixar de incitar ao confronto e à rivalidade e dar um maior contributo para a paz e a estabilidade no mundo", sublinhou, afirmando que as observações da aliança estão "cheias" de "calúnias".

Os líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Washington, expressaram "profunda preocupação" com a aproximação entre Rússia e China, denunciando o apoio de Pequim ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com um comunicado final.

Os responsáveis manifestaram "profunda preocupação com o aprofundamento da parceria estratégica entre Rússia e China e com as suas tentativas combinadas de desestabilizar e remodelar a ordem internacional baseada em regras".

A China "está agora a desempenhar um papel decisivo na guerra da Rússia contra a Ucrânia", acrescentaram, apelando a Pequim para que "na sua qualidade de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (...) cesse o seu apoio material e político ao esforço de guerra russo".

A China apela a conversações de paz, comprometeu-se a não fornecer armas à Rússia e apela ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia. No entanto, Pequim nunca condenou Moscovo pela sua invasão e é agora o maior parceiro comercial e diplomático da Rússia.