Exército sírio expulsa Estado Islâmico da cidade de Palmira

As forças governamentais sírias recuperaram ontem o controlo total de Palmira e conseguiram expulsar os extremistas do auto-denominado Estado Islâmico (EI), que haviam conquistado a histórica cidade há cerca de um ano.

Segundo a “media” estatal síria e a organização não-governamental Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH). A tomada de Palmira é o culminar de uma ofensiva que o Exército lançou no início do mês, com o apoio da força aérea russa.

A queda de Palmira em Maio 2015 provocou ondas de choque em todo o mundo, quando o EI lançou uma campanha de destruição dos monumentos, fazendo explodir templos e pilhando relíquias que datam de há 2000 anos.

A sua recaptura é vista como uma vitória estratégica, mas também simbólica do Presidente sírio, Bashar al-Assad, já que quem domina a cidade também controla o vasto deserto que se estende do centro da Síria até à fronteira com o Iraque, afirmam analistas.

Após esta importante vitória, o comando militar sírio afirmou que “Palmira será a base a partir da qual irá expandir as operações militares contra o grupo terrorista em várias frentes, incluindo Deir Ezzor (leste) e Raqqa (norte, capital do auto-proclamado “califado” do EI na Síria)”, os dois principais redutos do EI na Síria.

O objectivo é “apertar o cerco aos terroristas para cortar as suas linhas de abastecimento e retomar os territórios sob seu controlo, acabando, por fim, com sua existência” na Síria, garantiu, segundo a AFP.

A perda de Palmira é a segunda grande derrota do EI na Síria após a registada em Janeiro de 2015, em Kobani (norte), de onde os “jihadistas” foram expulsos pelas forças curdas apoiadas pela coligação internacional de Washington.