5º Concurso Público: Empresários nacionais fora da exploração de recursos naturais

O Instituto Nacional de Petróleos (INP) anunciou hoje em comunicado oficial os escolhidos para a exploração de hidrocarbonetos no concurso das 15 licenças de exploração, do denominado 5º Concurso.

MAPUTO - De acordo com uma nota de imprensa enviada à Folha de Maputo, as gigantes empresas do óleo e gás acabaram ficando com todas as licenças do offshore, nomeadamente o consórcio formado pela Exxon Mobil e a Rosneft com 3 licenças em Angoche e delta do Zambeze (2) e a já conhecida ENI que se aliou a Sasol e a Statoil para o outro bloco de Angoche.

Em terra ou onshore, a SASOL “pegou” uma área já conhecida e contígua aos seus blocos em Pande e Temane, acreditando que terá o mesmo sucesso que teve com a exploração inicial dos blocos onshore onde encontrou reservas compradas entre 4,5 e 5 Tcf.

Para a aposta dos indianos da Delonex, que venceram o bloco onshore de Palmeira e que poderá criar, em caso de sucesso, a melhor alternativa de fornecimento de gás natural por gasoduto, tanto para o mercado nacional a Sul do país, como para o fornecimento do interland da região Austral de África, que se encontra em grave crise de escassez de energia elétrica e que com base neste gás, poderá mitigar o problema.

Os empresários nacionais, esses, mais uma vez ficam de fora na participação da exploração dos recursos naturais nacionais, cabendo somente a ENH por via da Lei, a participação nestas oportunidades.

No entanto, a própria ENH encontrará sérias dificuldades em participar nos investimentos necessários, pois o volume de investimento necessário é altíssimo e a ENH não dispõe de fundos para o fazer. Uma possibilidade já aventada, é o lançamento de campanhas de angariação pública, onde perfazendo também a já muito badalada “inclusão”, os moçambicanos possam vir a participar, adquirindo participações minoritárias e criando condições para a ENH realizar o seu capital. [OD]