Nacional

"A Renamo nunca esteve contra o sistema colonial" Damião José

2015-07-02 06:49:16 (UTC+01:00)

A Frelimo classificou de "tristes e lamentáveis" as declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de que a maior força política de oposição "nunca foi contra a independência do país".

MAPUTO- "É triste e lamentável que depois de tantas atrocidades e destruição das conquistas resultantes da independência, a Renamo e o seu líder apareçam, agora, a público dizer que este partido nunca esteve contra a independência", contou o porta-voz da Frelimo, Damião José, citado, no diário Notícias.

Na segunda-feira, durante uma reunião de altos quadros da Renamo na cidade da Beira, província de Sofala, Dhlakama disse que o seu partido nunca foi contra a independência e que estava satisfeito com as celebrações dos 40 anos, que se assinalaram a 25 de Junho.

Após a independência, em 1975, Frelimo e Renamo envolveram-se numa guerra civil que durou 16 anos, tendo causado a morte a cerca de um milhão de pessoas e a destruição de numerosas infraestruturas, até à assinatura do Acordo Geral de Paz em outubro de 1992, pelo antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano, e Afonso Dhlakama.

Na opinião do porta-voz da Frelimo, foi a Renamo que provocou a guerra civil e, por isso, o partido de Afonso Dhlakama deve um pedido de desculpas ao povo moçambicano.

"A cronologia dos factos ensina-nos que a Renamo nunca, em algum momento, esteve contra o sistema colonial português, mas sim contra a Frelimo, por ter libertado a terra e os povos, proclamando a independência total e completa de Moçambique", defendeu Damião José. [FM]