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Água do rio Incomáti testada por suspeitas de contaminação

2024-07-16 11:29:20 (UTC+01:00)

A água do rio Incomáti, atravessando os distritos de Moamba, Marracuene, Manhiça e Magude, na província de Maputo, está a ser examinada, após suspeitas de ser fonte da propagação da cólera no posto administrativo de Ressano Garcia.

Os resultados dos exames serão conhecidos nos próximos dias. Porém, o sector da Saúde alerta que caso seja confirmada a presença do vibrião colérico dificilmente se tratará a água que corre no rio.

Entretanto, a comunidade poderá continuar a consumí-la, bastando apenas que primeiro a purifique, consoante a quantidade colectada num recipiente.

O chefe do departamento de Saúde e Vigilância no Ministério da Saúde (MISAU), Domingos Guihole, citado pelo Notícias, indicou ter sido feita antes a colecta de amostras da água de um dos braços do rio para efeitos de testagem do vibrião colérico.


Na altura, constatou-se que havia apenas contaminação por conteúdos fecais, por isso não era própria para o consumo.

“Os nossos técnicos do Laboratório de Higiene, Água e Alimentos e os do Instituto Nacional de Saúde insistem na testagem da água para descobrir a principal fonte de contaminação e sua origem”, explicou Guihole.

No que diz respeito à situação epidemiológica da cólera no país, nota-se a redução de novas infecções, internamentos e mortes pela doença durante dias consecutivos. O sector continua a monitorar o cenário, porque se acredita na transmissão comunitária da doença.

Assim, o MISAU tem intensificado acções para eliminar os factores de risco para a propagação da doença nos pontos onde são reportados episódios.

“Para o sucesso deste trabalho, têm sido capacitados os agentes polivalentes de saúde e líderes comunitários para se alargar o raio de actuação, verificando as fontes de água, os sanitários e sensibilizando as pessoas para o cumprimento das medidas de higiene da água e alimentos”, explicou.