Andre de Ruyter nomeado novo CEO da Eskom

A partir de 15 de Janeiro de 2020 a ESKOM passará a ser gerida por Andre de Ruyter que foi peça fundamental das negociações entre a SASOL e o Governo Moçambicano que concluíram com a assinatura do contrato de exploração de gás natural em Pande e Temane.

MAPUTO- De Ruyter foi escolhido entre 142 candidatos e demonstra uma nova forma de estar do ANC e do Presidente Cyril Ramaphosa, enviando um claro sinal a navegação de que doravante as posições chave na gestão dos dossiers mais importantes do país serão preenchidas pelas pessoas mais competentes e não por indicação política.

No caso há o factor Pravin Gordhan, o Ministro que controla a ESKOM que tem muita força junto ao Presidente e que impôs como condição de se tornar Ministro ser ele a nomear com quem iria trabalhar nos principais vectores da área das infraestruturas do país.

De facto esta notícia não é só boa porque De Ruyter tem excelentes relações com Moçambique, mas porque abre a porta a que Moçambique possa explorar o mercado Sul-Africano de consumo de energia, passando a puder por em prática algo que o Governo Moçambicano estabeleceu como plano – tornar-se num centro de fornecimento de energia elétrica para a África Austral.

A Eskom atravessa a maior crise financeira e de sustentabilidade económica da história, havendo neste momento problemas graves de fornecimento de energia elétrica, chegando a haver cortes diários que se prolongam por mais de oiuto horas (8) em muitos pontos do país. Os países da SADC que costumam adquirir a energia em excessso da Eskom passaram também a sofrer cortes de fornecimento, provocando graves danos nas suas economias.

A depauperação dos recursos da empresa, casos graves de corrupção e muitas decisões erradas ao longo de cerca dos 10 anos do Governo de Jacob Zuma levaram a esta situação calamitosa que põe em risco muitas das economias da SADC.