Nacional

Baixos salários confrontados com elevado custo de vida apoquentam professores

2016-10-12 14:17:09 (UTC+01:00)

Os baixos salários, o atraso na progressão da carreira, o não pagamento de horas extraordinárias confrontados com o alto custo de vida estão a inquietar os professores na cidade de Maputo.

MAPUTO- De acordo com os professores ouvidos pela FOLHA DE MAPUTO antigamente já era difícil levar a vida devido aos baixos salários que auferem agora com o alto custo de vida as coisas ficaram mais complicadas.

Stélio Namuave, de 45 anos de idade é professor secundário. Abraçou a carreira porque foi a única coisa que apareceu quando procurava por um emprego. Aquilo que começou por ser uma necessidade de sobrevivência, presentemente, tornou-se na sua maior paixão .

Namuave disse a FOLHA DE MAPUTO que apesar disso, as dificuldades são enormes. "Ser um professor é abdicar de uma vida condigna para viver uma cheia de privações."

Os problemas são de diversa natureza: "Não temos direito a transporte, tem sido uma vida de sacrifício para podermos ensinar os futuros quadros deste país". E não só. "Hoje em dia, o professor não é valorizado, apesar do seu papel indispensável. Ninguém olha para os nossos direitos", desabafou.

De referir que, no âmbito da semana do professor, iniciada a 5 de Outubro e que hoje se assinala em Moçambique , foram realizadas palestras em vários estabelecimentos de ensino sobre os perigos do consumo do álcool e da violência nas escolas.[AM]