Caçadores furtivos usam tecnologias que impedem sua detecção
2016-03-03 08:04:22 (UTC+00:00)
Os criminosos também acompanham as tendências da evolução tecnológica, usando destes meios para impedir que caiam mas malhas das autoridades de justiça.
MAPUTO- O uso de tecnologias sofisticadas por parte de grupos organizados que praticam a caça furtiva no país tem dificultado o controlo desta actividade criminosa, o que contribui para a perpetuação de um mal que já dizimou milhares de animais.
Por exemplo, no Parque Nacional das Quirimbas em Cabo Delgado e na Reserva Nacional do Niassa foram mortos entre 2011 e 2014 aproximadamente mil elefantes, o que corresponde a oito animais abatidos por dia, segundo fez saber Jorge Fernando, da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
Falando ontem numa palestra sobre a caça ilegal em Moçambique, Jorge Fernando, citado pelo Notícias, afirmou que o aumento do valor dos chifres de rinocerontes no mercado internacional negro fez com que os furtivos sofisticassem as suas técnicas de caça, subindo, por conseguinte, o número de animais mortos diariamente.
Igualmente, a velocidade com que o produto chega ao destino final também evoluiu. O técnico conta que, por exemplo, um corno extraído de um rinoceronte em Moçambique precisa de menos de 48 horas para chegar à capital vietnamita, Hanói, um dos principais mercados de produtos de caça furtiva. [FI]