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Consórcio liderado pela Eni prevê investir mais de 280 milhões dólares

2018-10-18 08:29:22 (UTC+01:00)

A Eni e Sasol assinaram esta quarta-feira com o Governo Moçambicano, os respectivos contratos de concessão de três blocos para prospecção e pesquisa de petróleo e gás natural.

MAPUTO- As duas petrolíferas formaram um consórcio para explorar dois blocos em Temane e Pande, na província de Inhambane. A assinatura dos contratos marca o fim das negociações entre as multinacionais e o Governo que duraram cerca de quatro anos.

"Entendemos que com estes contratos, estão já criadas todas condições para o início de pesquisa de hidrocarbonetos nas áreas PT-5C e A5-A, com investimentos mínimos de 203 milhões de dólares da Eni e 80 milhões de dólares da Sasol", indicou Max Tonela, ministro dos Recursos Minerais e Energia.

Realçando, que estes investimentos serão feitos num período de oito anos (prazo fixado pela legislação moçambicana de petróleo para fase de pesquisa), renováveis até um máximo de 30 anos.

No acto da assinatura dos contratos, o director da petrolífera Eni, umas das multinacionais que ganhou um bloco em Angoche e lidera o consórcio nos blocos de Temane e Pande, destacou a sua forte presença em Moçambique, que iniciou em 2006, com a aquisição de uma participação no bloco petrolífero da área 4, na Bacia do Rovuma.

"Com o referido contrato a Eni reforça ainda mais a sua presença em Moçambique, um país com importância estratégica para a empresa", apontou Stefano Cabonara.

Por sua vez, a Sasol, através do seu vice-presidente, Jon Harris, destacou a liderança moçambicana no longo processo de negociações para se chegar ao acordo. "Acreditamos que podemos consolidar ainda mais essa parceria", disse.

Acrescentando, que "o importante é continuar a construir e a desenvolver as pessoas e as empresas moçambicanas para terem parcerias significativas e frutíferas para o benefício mútuo de todos os envolvidos".

Refira-se, o Governo previa encaixar um investimento mínimo de 900 milhões de dólares com as petrolíferas apuradas no âmbito do 5º concurso de prospecção e pesquisa de gás e petróleo. Mas com a desistência da Delonex Energy ltd, que tinha ficado com o bloco localizado em Palmeiras, na província de Maputo, as projecções foram revistas em baixa.

"A empresa preferiu investir noutro país, não sabemos o motivo real da desistência", justificou o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo (INP), Carlos Zacarias.