Nacional
Cornos provenientes de Moçambique apreendidos em Hong Kong
2015-07-31 06:05:09 (UTC+01:00)
As autoridades alfandegárias apreenderam no Aeroporto Internacional de Hong Kong, dois cornos de rinoceronte, retalhados em 10 pedaços, que foram expedidos por via postal a partir da cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.
MAPUTO- Segundo a AIM, com um peso total de 6,71 quilos, os dois cornos estão avaliados em 1,34 milhões de dólares no mercado negro.
Um comunicado de imprensa publicado na quarta-feira no portal do governo de Hong Kong refere que a mercadoria chegou no aeroporto daquele país em voos diferentes.
Escreve ainda a fonte acima citada que, a mercadoria foi subdividida em três embalagens separadas, e foi apreendida entre domingo e segunda-feira da semana corrente, tendo seguido para aquele país asiático via Johanesburgo, África do Sul.
As alfândegas locais identificaram as embalagens suspeitas no centro de inspecção de carga do Aeroporto Internacional de Hong Kong. As mesmas foram declaradas na origem, no caso vertente em Moçambique, como sendo amostras de madeira.
Efectivamente, depois de um exame, as autoridades alfandegárias encontraram algumas peças de madeira mas misturadas com 10 pedaços de corno de rinoceronte. Cada peça estava envolta numa folha de alumínio e de plástico. As autoridades acreditam que se trata de dois cornos que foram retalhados pelos malfeitores.
Os traficantes queriam ludibriar a detecção dos serviços alfandegários cortando os cornos de rinoceronte em vários pedaços, despachando a mesma por correio e em embalagens separadas.
O caso já foi encaminhado ao Departamento da Agricultura, Pescas e Conservação daquele país asiático para dar seguimento.
As alfândegas de Hong Kong vão continuar a trabalhar para identificar e neutralizar os traficantes de espécies protegidas.
Segundo a Lei para a Protecção de Espécies Protegidas de Animais e Plantas todas as pessoas que forem consideradas culpadas no comércio de espécies protegidas para fins comerciais poderão ser condenados a pagar uma multa até um máximo de cinco mil dólares ou a uma pena até dois anos de prisão.
Refira-se que, as autoridades moçambicanas incineraram no início do mês corrente, em Maputo, mais de 2,4 toneladas de marfim e cornos de rinoceronte. [FM]