COVida vai dar assistência social a trezentas mil crianças

Mais de 300 mil crianças órfãs e vulneráveis de 57 distritos do país vão beneficiar do serviço de assistência contra o HIV, desnutrição e outros males que afectam esta camada social.

MAPUTO- A assistência decorre no âmbito do projecto COVida, lançado ontem no bairro Chamanculo “C”, cidade de Maputo.

Orçado em 72 milhões de dólares norte-americanos, o projecto vai apoiar, durante 5 anos, mais de 100 unidades sanitárias. Para o efeito, foram formados cerca de 3800 activistas.

Falando no acto do lançamento, David Simango, presidente do Município da Cidade de Maputo, disse que o projecto é inovador, pois oferece um apoio multissectorial aos beneficiários.

A directora do projecto, Hayley Bryant, explicou que é ambição do CoVida reduzir a vulnerabilidade económica das famílias, melhorar os serviços de desenvolvimento da primeira infância (DPI) e colaborar com o Governo para fortalecer os sistemas de protecção social.

De acordo com a representante da ministra do Género, Criança e Acção Social, Carlota Maibasse, o projecto será de grande valia, pois vai interagir com as associações, líderes comunitários e tradicionais, para o beneficio dos menores.

Intervindo também na cerimónia, em representação do Ministério da Saúde, Rosa Marlene acrescentou que a interacção com as comunidades ainda é um desafio. Explicou que a maior dificuldade com que muitas vezes as autoridades se deparam não é a falta dos medicamentos, mas a sua aquisição.

Presente no evento, o embaixador dos Estados Unidos da América, Dean Pittman, disse que a iniciativa surge para reverter o cenário actual do país, em que 800 mil crianças são órfãs por causa do HIV/SIDA. Perante esta situação, vários menores são obrigados a exercer a função de chefes de família. [VM]