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Dívida oculta afectou quatro anos de governação de Nyusi em Moçambique, diz pesquisador

2019-01-16 05:28:34 (UTC+00:00)

O director do CIP, Edson Cortez, considerou ontem que os quatro anos de governação de Filipe Nyusi foram marcados pelo "fantasma" da 'dívida oculta', mesmo assinalando "esforços visíveis" para alcançar a paz definitiva em Moçambique.

"Os quatro anos do mandato do Presidente Nyusi são marcados por um desafio que foi estrutural: as 'dívidas ocultas'. Com o escândalo, que originou o corte da ajuda externa, a performance do seu Governo foi limitada", disse o director executivo do Centro de Integridade Pública, Edson Cortez, em entrevista à Lusa.

Para Cortez, o "fantasma" da 'dívida oculta', contraída ilegalmente entre 2014 e 2015, ainda na presidência de Armando Guebuza, perseguiu o actual chefe de Estado moçambicano durante a sua governação, principalmente porque o seu executivo tentou "empurrar o problema com a barriga, não tomando medidas sérias".

"A nossa experiência prática mostra que em Moçambique o poder judicial vai a reboque do poder executivo, sem falar no facto de o chefe de Estado moçambicano ser também presidente do partido maioritário no parlamento. Ele poderia ter feito pressão para ver este caso resolvido. Poderia ter dado a protecção necessário para que o judicial realizasse este trabalho", observou Edson Cortez.[CC]