Elevado fluxo migratório dificulta gestão urbana

A intensificação do fluxo migratório da população do campo para as regiões urbanas está a dificultar a gestão urbana em Moçambique, advertiu ontem a ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua.

MAPUTO-Namashulua citada pela AIM falava durante a sessão de abertura do I Fórum Urbano Nacional, um evento de dois em curso na cidade de Maputo e explicou que a história de urbanização em Moçambique conheceu uma desaceleração sob o ponto de vista qualitativo como consequência da guerra dos 16 anos.

"Nesse curto espaço de tempo, a população urbana cresceu 26 por cento, gerando assim uma incapacidade de gestão da administração urbana, face aos novos desafios impostos por aquele fluxo migratório acentuado"”, disse.

Referiu que o crescimento urbano acelerado traduziu-se num rápido incremento de assentamentos informais e numa maior pressão sobre a provisão de serviços básicos tais como a saúde, água e saneamento, educação, bem como propiciou o crescimento dos índices de desemprego, ociosidade e criminalidade.

Para Namashulua o Fórum Urbano Nacional é um espaço único de consulta e de reflexão sobre o processo de urbanização em Moçambique e, particularmente, na cidade de Maputo que irá culminar com a implementação eficaz das políticas de desenvolvimento autárquico e urbano.

O evento, que decorre sob o lema “"Consolidando a Agenda Urbana de Moçambique"”, junta na mesma sala os presidentes dos conselhos municipais, sector privado e organizações da sociedade civil. [AM]