Nacional
Embaixadora moçambicana acusada de corrupção
2016-04-21 08:52:27 (UTC+01:00)
O Gabinete Central de Combate a Corrupção (GCCC) acusou na semana corrente uma antiga embaixadora moçambicana pela prática dos crimes de peculato, abuso de cargo e branqueamento de capitais.
MAPUTO-Este é o segundo caso do género em menos de dois meses. O primeiro ocorreu no mês passado quando o GCCC acusou um antigo embaixador moçambicano pelos crimes de corrupção e abuso de poder.
Na altura, apesar de o comunicado do GCCC ter omitido o seu nome acabou por se descobrir que o diplomata em causa era Bernardo Xerinda, antigo embaixador de Moçambique na Rússia.
Segundo um comunicado do GCCC enviado a Redacção da AIM o acusado é uma antiga dirigente de Missão Diplomática num país do continente americano que, na qualidade de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária, apoderou-se de cerca de 496.945,03 dólares equivalentes a 17.393.076, 05 (dezassete milhões, trezentos e noventa e três mil, setenta e seis meticais e cinco centavos) de meticais, ao câmbio da época dos factos.
Para lograr os seus intentos, entre os anos de 2009 a 2015, ordenava a emissão de cheques a seu favor, alegadamente para efectuar pagamentos referentes a obras de reabilitação da residência oficial e compra de bens para o funcionamento da missão.
Para se apoderar de fundos públicos, a embaixadora ordenava reembolsos com base em cotações de passagens aéreas sem que tivesse realizado tais deslocações e, outras vezes, tendo as feitas, solicitava os reembolsos de passagens da classe executiva, quando as viagens se efectuavam na classe económica.
"Com parte desses fundos transferidos para Moçambique, a antiga Embaixadora adquiriu um imóvel na Cidade de Maputo, tendo-o registado em nome de um parente", explica o comunicado.[AM]