Nacional
Eni e Exxon Mobil voltam a adiar decisão de investimento na Área 4
2020-06-03 17:18:44 (UTC+01:00)
O Instituto Nacional de Petróleo revelou hoje, que dois dos três grandes projectos de Gás Natural Liquefeito da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, não vão sofrer “alterações significativas” no cronograma.
MAPUTO- A grande alteração na calendarização verifica-se no projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL), liderado pela norte-americana Exxon Mobil e a italiana Eni. A Decisão Final de Investimento foi mais uma vez adiada.
“Devido a uma conjugação de factores, entre os quais, a queda do preço do petróleo no mercado internacional e os efeitos da pandemia, a Decisão Final de Investimento foi adiada para 2021”, explicou Carlos Zacarias, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo (INP).
Entretanto, e apesar da paralisação das actividades no projecto Coral Sul, na Área 4, liderado pela Eni, por conta das restrições do novo Coronavírus, o INP refere que a construção da plataforma flutuante na Coreia do Sul está acima de 70%, prevendo-se que a mesma chegue a Moçambique já no próximo ano.
O volume de investimento neste projecto é de oito mil milhões de dólares norte-americanos. O início de produção do gás está previsto para 2022, ou seja, o calendário mantém-se.
Já em relação ao campo Golfinho e Atum, liderado pela petrolífera francesa Total, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo disse que a reestruturação vai trazer mais ganhos ao Estado.
Recorda-se, que na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o decreto (51/2019) que altera a estrutura de financiamento deste projecto, por forma a dar melhor enquadramento a realidade actual.
Com essa alteração, o Governo entende que haverá condições para a flexibilidade no que diz respeito ao desenvolvimento de empreendimentos relacionados com o projecto.
Este exercício de optimização de financiamento permitiu, também, a redução dos custos de financiamento em termos de juros, na ordem de USD 1,1 mil milhão durante a fase de construção e USD 700 milhões, durante a fase de operação, que vai permitir que todas as partes interessadas, incluindo o Estado moçambicano tenham ganhos associados.