Nacional

"Escolhemos enterrar definitivamente a confrontação armada" Nyusi

2019-08-02 07:51:05 (UTC+01:00)

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse esta sexta-feira que o acordo que assinou com o líder da Renamo, Ossufo Momade, enterrou definitivamente a confrontação armada, assinalando que a incerteza deu lugar à esperança.

MAPUTO- "Somos nós, moçambicanos, que escolhemos enterrar definitivamente a confrontação armada", declarou Filipe Nyusi, discursando após assinar com Ossufo Momade o acordo de cessação das hostilidades militares na serra da Gorongosa, província de Sofala.

Com o acto de ontem, "a incerteza quanto ao futuro de Moçambique deu lugar à esperança de paz, reconciliação nacional e desenvolvimento social e económico", acrescentou o chefe de Estado.

"Hoje (ontem), dia 01 de Agosto, fica indelevelmente marcado na história do povo moçambicano como o dia em que irmãos se encontram em atos e sentimentos e dizem basta à guerra", frisou.

Filipe Nyusi assinalou que o acordo é prova de que o processo de paz é irreversível e que a violência armada não será mais um meio para a resolução de diferenças políticas ou de opinião.

"A partir de hoje (ontem), abre-se uma nova era na história do nosso país, onde nenhum moçambicano ou grupo de moçambicanos deve usar a violência armada como meio de solucionar diferenças políticas ou de opinião", salientou.

O país, continuou, "entrou hoje (ontem) numa nova era, para um verdadeiro processo de reconciliação nacional, condição necessária para o desenvolvimento económico e social".

"Com este acordo queremos que Moçambique se junte a outras nações da região e do mundo onde o primado da lei é prática instituída na resolução de conflitos", frisou Filipe Nyusi.

O Governo e a Renamo já assinaram em 1992 um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado entre 2013 e 2014 por confrontos armados entre as duas partes, devido a diferendos relacionados com as eleições gerais.

Em 2014, as duas partes assinaram um outro acordo de cessação das hostilidades militares, que também voltou a ser violado até à declaração de tréguas por tempo indeterminado em 2016, mas sem um acordo formal.