Nacional

Gás do Rovuma tem mercado assegurado

2018-05-01 05:57:34 (UTC+01:00)

A Petrolífera norte-americana Anadarko admite que tem acordos com clientes em número suficiente para avançar com a decisão final de investimento no projecto de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado.

MAPUTO- Steve Wilson, vice-presidente-director da companhia para Moçambique, escusou-se a avançar os números, muito menos os nomes dos clientes com os quais a Anadarko já alcançou acordos de princípio, considerando que se trata de matéria sensível ainda.

Sabe-se, entretanto, que nos últimos anos a companhia se desdobrou em negociações com alguns países, sobretudo da Europa e Ásia, com vista a garantir mercado para a colocação do gás.

Em Fevereiro deste ano, a multinacional americana fechou um contrato de compra e venda de Gás Natural Liquefeito (GNL) com a francesa Électricité de France, S.A. (EDF). O acordo prevê a venda de 1.2 milhão de toneladas por ano (1.2 MTPA), por um período de 15 anos.

Informações avançadas na altura indicavam que a concretização deste contrato com a EDF, uma das maiores companhias de electricidade do mundo, permitia assegurar uma posição competitiva para o gás moçambicano através do abastecimento a longo termo ao mercado europeu.

A Anadarko pretende produzir o Gás Natural Liquefeito a partir dos campos Golfinho/Atum, localizados na Área 1 “offshore” da Bacia do Rovuma, prevendo-se a instalação de uma fábrica com dois módulos de liquefacção de gás natural em terra, com capacidade de produção de 12.88 milhões de toneladas por ano (12.88 MTA).

O grupo já recebeu as necessárias aprovações do Governo para construir as instalações terrestres necessárias para processar o gás para exportação, um projecto que vai exigir investimentos superiores a 20 mil milhões de dólares e que iniciará com duas unidades de processamento e uma capacidade de produção anual de 12 milhões de toneladas.