Nacional

Governo deve ser mais comunicativo

2017-06-08 15:41:53 (UTC+01:00)

O Gabinete de Informação (GABINFO) defende que o Governo deve ser mais comunicativo, de forma articulada e harmonizada, para reduzir as margens de especulação sobre o seu trabalho.

MAPUTO - Para o efeito, segundo explicou hoje, no distrito de Boane, província de Maputo, a directora do GABINFO, Emília Moiane, é preciso que os assessores e comunicadores do Governo sejam mais dinâmicos, assumam postura proactiva, antecipando-se aos fenómenos e levando os governantes a anunciar as decisões em tempo útil a todos os moçambicanos.

A responsável falava ontem no arranque do Fórum dos Comunicadores do Governo, evento que durante três dias reúne assessores e adidos de imprensa de instituições públicas de níveis central e provincial. Na ocasião, referiu que a comunicação é um instrumento extremamente importante para a governação, e apostar nela “é garantir uma opinião pública consciente, promover a paz e a unidade nacional, a moçambicanidade, a cultura e, em última instância, é promovermo-nos como nação e como moçambicanos”.

O evento, cuja abertura oficial foi efectuada pela secretária permanente do Governo da província de Maputo, Claudina Maria Mazalo, em representação do governador Raimundo Diomba, realiza-se sob o lema “Por uma comunicação institucional eficiente”.

Na ocasião, a responsável também disse que o Governo precisa de comunicar cada vez mais e melhor, passando a assumir atitudes proactivas, antecipando-se a situações que flagelam a sua imagem.

“É nossa missão como comunicadores do Governo promover a sua imagem e trazer à superfície e ao conhecimento do público todas as realizações que têm lugar nas vossas instituições, de modo a garantir visibilidade dos vossos sectores, como também observar o comando constitucional de direito à informação para a maioria da população”, vincou, apelando aos comunicadores para acelerarem o passo com vista a alcançar novos patamares.

O seminário tem como principal monitor o Prof. Doutor Vasco Ribeiro, docente da Universidade de Porto, com larga experiência na área de Assessoria de Comunicação e Relações Públicas. Serão abordados temas como “Modelos e Evolução da Comunicação Pública”, “Da Assessoria de Imprensa à Comunicação Estratégica”, “Gestão da Comunicação de Crises Políticas”, entre outras matérias.

Vasco Ribeiro defendeu num dos temas que, na actualidade, mais do que comunicar as decisões tomadas com a imprensa, é preciso, primeiro, comunicar e trabalhar com o público que vai beneficiar-se ou ficará afectado com a decisão. Isto vai permitir reduzir especulações, reacções desastrosas e ganhar mais aliados.

Por outro lado, também é de opinião que a comunicação institucional deve sempre antecipar-se aos outros, de modo a ganhar e definir a percepção da realidade.
“Por isso é preciso ser proactivo, ser o primeiro a dar a informação, e não esperar para reagir”, disse.

Entretanto, alguns participantes referem que alguns assessorados, neste caso os dirigentes, têm-se fechado, não abrindo espaço para a comunicação, o que muitas vezes dificulta o trabalho da assessoria de imprensa.

Em resposta a esta posição, Vasco Ribeiro disse haver necessidade de os assessores serem próximos dos dirigentes, conhecer os seus programas e até o que lhes vai na alma.

O seminário termina este sábado, depois do estudo da Lei das Transacções Electrónicas, recentemente aprovada pelo Governo.