Nacional

Governo e parceiros pretendem rubricar acordo contra caçadores furtivos

2016-02-28 14:15:18 (UTC+00:00)

O governo moçambicano e parceiros de cooperação na área da conservação da fauna bravia tencionam rubricar um acordo que visa dar continuidade às acções de desencorajamento da caça furtiva no país.

AIM - A concretizar-se, o acordo será rubricado pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), do lado governamental, e pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e a Fundação Joaquim Chissano, a 3 de Março, para assinalar o Dia Mundial da Fauna Bravia.

Muitas actividades estão previstas para assinalar a data. As organizações envolvidas na promoção da efeméride vão dar visibilidade, nessas actividades, à protecção de outras espécies, tais como leões, pangolins, tartarugas marinhas, dugongos, baleias, tubarões e raias, devido a grande pressão humana a que estão expostas, ameaçando a sua sobrevivência.

Dados constantes de um comunicado de imprensa da ANAC reflectem a gravidade desta acção humana.

À luz dos mesmos, a população de elefantes do país, por exemplo, reduziu, nos últimos cinco anos, de cerca de 20 mil para 10.438, sobretudo em consequência da actividade de grupos criminosos que se dedicam ao tráfico de marfim.

“Moçambique não tem sido identificado apenas como um dos países-epicentro da caça furtiva, mas também um importante ponto de trânsito de marfim e cornos de rinoceronte com destino aos mercados consumidores da Ásia”, lê-se na nota.

Aliás, o documento acrescenta que, na última conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), realizada em 2013, Moçambique foi colocado na lista dos países que menos intervêm no combate à crise da caça furtiva de elefante e rinoceronte.