Nacional

Guebuza compara Dhlakama a um marginal

2015-09-26 07:40:01 (UTC+01:00)

O Ex-Presidente da República, Armando Guebuza, disse que o líder da Renamo não pode prejudicar o futuro de mais de 20 milhões de pessoas, acusando Afonso Dhlakama de se mover por forças externas.

MAPUTO - "É preciso lembrar que somos mais de 20 milhões de habitantes, não pode um indivíduo tentar por em causa o futuro desses moçambicanos", declarou ontem Guebuza, citado pela agencia Lusa, à margem das celebrações em Maputo do Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, acrescentando que "Moçambique quer paz".

Para o ex-chefe de Estado e negociador do Acordo Geral de Paz (AGP), celebrado em Roma em 1992, o líder da Renamo devia encontrar-se com o actual Presidente da República, Filipe Nyusi, e deixar de se comportar como um marginal.

"Dhalakama devia aceitar encontrar-se com o nosso Presidente Nyusi para apresentar as questões que tenha e encontrarem as formas que possam trazer a paz efectiva", declarou Armando Guebuza, sugerindo que seria uma oportunidade para o líder da oposição dar também a sua contribuição e deixar de se comportar como "um marginal, que é o que parece quando se recusa a conversar com o Presidente".

O antigo estadista disse que a Renamo "nasceu como um apêndice, um mandatário de forças externas", que estavam contra a independência em 1975, referindo-se aos "regimes segregacionistas da África do Sul e da Rodésia, e considerou que ainda hoje o partido de oposição é movido por interesses estrangeiros, que não elencou.

"Umas vezes aproxima-se mais, outras vezes aproxima-se menos, mas a Renamo não conseguiu deixar de ser apoiada, senão conduzida, por forças externas", declarou.

As palavras de Guebuza foram proferidas antes de ser conhecido mais um incidente envolvendo a comitiva de Dhlakama.[OD]