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ICAO discorda da presença da LAM na "lista negra" da UE

2015-05-20 10:02:35 (UTC+01:00)

O secretário-geral da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês) manifestou-se à dias, contra a presença das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) na lista das transportadoras que a União Europeia (UE) baniu do seu espaço aéreo

MAPUTO - "Nós somos contra o banimento das companhias aéreas, essa decisão foi tomada pela UE. Mas, se a nossa organização, juntamente com as autoridades aéreas moçambicanas, mostrar que Moçambique está evoluir na segurança aérea, o país vai sair dessa posição", disse Raymond Benjamin, citado pela agência Lusa.

De acordo com Raymond Benjamin, com a emenda da Lei de Aviação Civil de Moçambique, a ser, segundo informou, aprovada nos próximos dias pelo Conselho de Ministros, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) vai ganhar mais independência, transformando-se numa autoridade aeronáutica e ganhando mais autonomia para a adoção de medidas técnicas para a segurança aérea no país.

"Nós estamos a assistir Moçambique, temos, constantemente, providenciado assistência técnica e profissional", afirmou o secretário-geral da ICAO, assinalando, tal como as autoridades aéreas moçambicanas, a confiança de que dentro de dois anos as companhias moçambicanas voltarão a sobrevoar o espaço europeu.

Por seu turno, João Abreu, presidente do INAC, reiterou que a maior preocupação de Moçambique é garantir a segurança dos passageiros e não, necessariamente, sair da "lista negra" da UE.

"Nós não queremos melhorar a segurança aérea apenas para sair da lista negra, pelo contrário, a nossa prioridade é transportar as pessoas, estrangeiros e moçambicanos, em segurança", disse o presidente do INAC. [OD]