INAE detecta produtos contrafeitos na cidade de Maputo

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) detectou, na tarde desta terça-feira, produtos electrónicos e vestuário diverso que se supõe sejam contrafeitos em dois armazéns localizados na baixa da cidade de Maputo.

MAPUTO- Trata-se de televisores plasma, tinteiros de impressoras de marca HP, calçado, sabão em pó, lanternas, ventoinhas e outros produtos, alguns dos quais a montagem e estampagem das marcas acontece localmente, antes de serem introduzidos no mercado.

A operação do desmantelamento teve lugar no princípio da tarde, quando a equipa da INAE, liderada pelo director nacional de Operações, Aly Mussa, chegou ao grupo de armazéns, após uma denúncia.

Os proprietários dos estabelecimentos, surpreendidos após regressarem do intervalo para o almoço, recusaram-se a abrir as portas dos armazéns, facto que obrigou a inspecção a solicitar uma autorização da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia da República de Moçambique (PRM) para arrombá-las.

Segundo Aly Mussa, citado hoje pelo Jornal Notícias, a operação de triagem dos produtos deverá continuar nos próximos dias, até ao apuramento da autenticidade do material ali disponível, sua origem e o destino.

Porque já tínhamos informação que os toners são contrafeitos, fizemos um processo de triagem que terá que continuar nos próximos tempos, na perspectiva de determinar a quantidade existente, perceber se não haverá algum material original, explicou.

O Jornal Notícias apurou, por exemplo, que os tinteiros são importados da China e a estampagem da marca, enchimento, embalagem em saquetas e armazenamento em caixas para a comercialização é feito localmente.

"Em relação ao calçado, vamos apurar as quantidades exactas, assim como os proprietários, uma vez que este armazém se encontra encerrado. Soubemos que o dono estava no local durante o processo inspectivo, mas não foi identificado", acrescentou o inspector.

A confirmar-se a contrafacção dos produtos, estes serão apreendidos e encaminhados à PGR, que deverá determinar as medidas subsequentes.