Nacional
Investidos mais de cinco mil milhões de dólares no CDM
2015-10-30 06:28:04 (UTC+00:00)
Foram investidos mais de cinco mil milhões de dólares pelos sectores público e privado em áreas sociais e económicas, desde 1995, no Corredor de Desenvolvimento de Maputo (CDM), indicou ontem o Governo.
MAPUTO – Segundo a agência Lusa, a coordenadora do Programa de Desenvolvimento Especial (PDE), que tutela os corredores de desenvolvimento moçambicanos, afirmou que o montante foi aplicado em infra-estruturas ferro-portuárias, rodoviárias e energéticas e em projectos empresariais em sectores como a indústria, turismo e agricultura comercial.
"Apesar do imenso investimento já realizado desde que se começou a implementar o conceito de corredores de desenvolvimento, o CDM tem ainda um enorme potencial, que pode ser aproveitado através de parcerias público-privada", disse, em declarações à imprensa, Odete Semião, coordenadora do PDE, entidade adstrita ao Ministério dos Transportes e Comunicações, à margem de uma conferência de investidores sobre o corredor.
Para o progresso do CDM, que cobre as cidades de Maputo e Matola e vários distritos da província de Maputo, que fazem fronteira com a África do Sul, é fundamental investir em projectos estruturantes, principalmente infra-estruturas, e em iniciativas empresariais, acrescentou Odete Semião.
"Há projectos estruturantes e grandes projectos empresariais, que exigem grandes investimentos, mas há iniciativas a montante e a jusante com um efeito multiplicador na criação de emprego e aumento do rendimento das famílias, é essa abordagem que interessa seguir", frisou a coordenadora do PDE.
O aproveitamento do potencial socio-económico do CDM, prosseguiu Odete Semião, passará pelo estabelecimento de parcerias entre o empresariado moçambicano e sul-africano e entre os sectores público e privado.
Falando sobre o tema "Visão Geral sobre Moçambique e o Corredor de Desenvolvimento de Maputo", o ex-ministro das Finanças Tomás Salomão defendeu a necessidade de garantir que os investimentos tenham capacidade de gerar retorno social e económico.
"Mais de 20 anos após a criação do CDM, importa questionar se a aposta valeu a pena e a resposta a essa pergunta será encontrada na qualidade dos investimentos realizados", destacou Tomaz Salomão, que também foi secretário-executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O CDM, assinalou Salomão, foi pensado como forma de atrair investimento privado para a província de Maputo e capitalizar o seu potencial em infra-estruturas ferro-portuárias e rodoviárias, através de uma maior ligação com a África do Sul, a economia mais rica da SADC.[OD]