Nacional
Issufo Momade defende união e perdão para pacificação efectiva de Moçambique
2019-01-16 05:15:30 (UTC+00:00)
O coordenador da Renamo, maior partido da oposição, Issufo Momade, defendeu, ontem, terça-feira, que a união e perdão continuam a ser pressupostos básicos para consolidação da democracia e alcance duma paz efectiva para Moçambique.
Momade fez este pronunciamento na abertura do VI Congresso do partido, que decorre desde ontem até quinta-feira, na Serra de Gorongosa, província de Sofala, onde participam mais de mil pessoas, entre delegados e convidados oriundos de todo o país.
Afirmou ser vontade do seu partido ver Moçambique gozar duma paz efectiva, tendo, por isso, convidado a população a participar activamente no processo de pacificação de Moçambique, demostrando acções que possam ajudar a ultrapassar todos obstáculos que tendem a retardar o diálogo em curso entre a Renamo e o governo.
'Este acto que hoje testemunhamos demostra aquilo que são os esforços que a Renamo tem vindo a envidar para uma paz efectiva. Reunimo-nos em congresso para harmonizar algumas ideias que vão nortear o funcionamento do partido nos próximos cinco anos”, afirmou. Vincando que “isso mostra que estamos comprometidos com a paz que poderá ser alcançada se estivemos unidos e trabalhar para que tenhamos uma paz efectiva no país'.
No seu discurso de abertura, Momade afirmou que para a Renamo, “não há inimigo”.
O que existe, segundo ele, é uma oposição que é a melhor alternativa para governação de Moçambique, pois os moçambicanos devem se tratar como irmãos, deixando de lado o ódio, intrigas e promovendo a união, perdão e reconciliação para construção de um país melhor.
'A paz deve ser uma realidade em Moçambique. Essa é uma das formas de implementação da democracia. A paz está de volta na nossa sociedade porque o falecido líder Afonso Dhlakama nos ensinou a perdoar a todos os seus opositores. Se fizermos isso estaremos a valorizar os ensinamentos deixados pelo líder. Nesse congresso devemos cimentar o espírito de humanismo que sempre nos caracterizou, para o fortalecimento da democracia', disse citado pela AIM.
Durante os três dias, de acordo com Momade, o partido vai fazer a análise dos sufrágios eleitorais passados, perspectivar as eleições de gerais e legislativas de Outubro deste ano, e apreciar alguns aspectos relacionados com o diálogo em curso entre o governo e a Renamo, bem como situação política, social e económica do partido.
Os estatutos do partido também estarão sujeitos a uma apreciação por parte dos membros e delegados ao congresso, um processo que culminará com a eleição, quinta - feira, do novo presidente do partido Renamo, para sucessão do líder da Renamo Afonso Dhlakama, falecido em Maio de 2018.[CC]