Nacional

Macuane questiona entrega da Kuhanha para recapitalizar Moza

2017-06-01 08:26:07 (UTC+01:00)

O académico moçambicano, José Jaime Macuane, questiona a decisão do Banco de Moçambique entregar a Kuhanha, uma sociedade Sociedade Gestora do Fundo de Pensões dos trabalhadores do banco emissor para recapitalizar o Moza Banco.

MAPUTO - Para Macuane, em sua postagem do Facebook, não entende como o Banco de Moçambique tomou esta decisão, tendo em conta que passa a ser arbitro e jogador ao mesmo tempo.

“Há equações que não entendo. Um órgão regulador intervém numa empresa por si regulada e depois a coloca no mercado para a sua recapitalização. Um fundo de investimentos dos funcionários (que como funcionários supervisionam o sector) deste mesmo órgão regulador ganha o concurso e passa a ser o maior accionista. Logo, os funcionários do árbitro passam a ser os donos da empresa em que o árbitro interveio.”, constatou o académico.

Jaime Macuane aponta ainda a questão da isenção que o Banco de Moçambique deveria ter neste processo. “Me intriga saber qual vai ser o grau de isenção dos funcionários do árbitro na sua função regulatória. Isto vai animar. Agora vamos ver quem é lobista e quem é empresário”, finalizou Macuane.

Da decisão do Banco de Moçambique, a Kuhanha (Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique) vai disponibilizar 8 170 milhões de Meticais para recapitalizar o Moza Banco passando a ser sócio maioritário com 80% das acções.[CC]