Nacional

MDM desdramatiza saída de militantes

2018-07-05 13:11:05 (UTC+01:00)

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), minimizou, esta quarta-feira, a saída de militantes, rejeitando as acusações de falta de democracia interna.

MAPUTO- Venâncio Mondlane, um dos deputados mais conhecidos do MDM, anunciou recentemente a sua desfiliação do partido, recusando a sua indicação para cabeça-de-lista nas eleições autárquicas de 10 de Outubro.

Um outro quadro influente do partido, António Frangoulis, ameaçou abandonar o MDM, caso o partido não mude os estatutos para uma maior democratização da organização.

O porta-voz do MDM, Sande Carmona, em declarações a agência Lusa, considerou normal a saída de membros do partido, rejeitando acusações de falta de democracia interna.

"É normal que membros de um partido saiam, é sinal de liberdade e vitalidade, porque também entram novos membros", afirmou Sande Carmona.

O porta-voz do MDM classificou como incoerentes as acusações de falta de democracia interna, frisando que a organização e funcionamento do partido são regulados pelos estatutos aprovados pelo congresso.

"Os que acusam o partido de falta de democracia interna ocuparam cargos dentro do mesmo quadro estatutário que hoje contestam", afirmou.

Sobre opiniões de membros que consideram haver uma excessiva concentração de poderes no presidente do partido, Sande Carmona apontou os estatutos e o congresso como fonte das competências do líder do MDM, Daviz Simango.

"O presidente do partido propõe os membros da Comissão Política ao Conselho Nacional, mas cabe a este órgão escolhê-los, tal acontece com o secretário-geral do partido", disse Carmona.

Além de Venâncio Mondlane ter abandonado o MDM e António Frangoulis ameaçar sair do partido, vários membros renunciaram à organização na semana passada em Maputo, anunciando a sua filiação à Renamo.

Entre os membros que deixaram o partido, incluem-se membros do MDM na assembleia municipal de Maputo.