Nacional
Moçambicanas celebram o Dia da Mulher Africana
2016-07-31 06:43:44 (UTC+01:00)
Moçambique e o mundo celebram hoje, 31 de julho, o dia da Mulher Africana, numa altura em que esta luta para a valorização dos seus direitos.
MAPUTO - O dia da Mulher Africana foi instituído o Dia da Mulher Africana em Das-Es-Salaam, na Tanzânia, por 14 países e oito Movimentos de Libertação Nacional na Conferência das Mulheres Africanas.
A assinatura desta efeméride surgiu quando foi criada a organização Panaficana das Mulheres, que tinha o objectivo de discutir o papel da mulher na reconstrução de África na educação, na garantia da paz e na democracia.
Ao longo de todo o continente, a mulher continua a ser discriminada e subjugada, mas ao mesmo tempo, têm conquistado espaços no mercado de trabalho e de poder. Depois da descolonização de África na segunda metade do séc. XX, muitas mulheres ganharam espaço no mercado e na sociedade.
Nuns países com maior incidência, dos que noutros, o trabalho feito pelas mulheres africanas tem ido ao encontro da luta contra os conceitos errados da sociedade quanto aos direitos femininos.
Em Moçambique, elas tem enfrentando diariamente o dilema da discriminação principalmente no sector empresarial, com limitado acesso aos cargos de chefia e são alvo de abusos e assédio.
Outro factor menos importante eh o facto de 71 % das mulheres moçambicanas ainda ser analfabeta, o que concorre para o agravamento do desemprego na ala feminina.
A gravidez precoce e os casamentos prematuros continuam ainda entre as principais causas do abandono escolar da rapariga e as maiores taxas de desistência verificam-se no Centro e Norte do país.
Não obstante a esta situação, muitas mulheres moçambicanas tem assumido um papel de relevo na sociedade. Na política por exemplo, a chefe do Parlamento, Verónica Macamo e Luísa Diogo ganham destaque. Ligadas à solidariedade estão Graça Machel, Maria da Luz Dai Guebuza e Glória Nkaima.