Moçambicanos reivindicam o custo de vida
2016-05-02 07:33:45 (UTC+01:00)
Milhares de trabalhadores marcharam ontem na cidade de Maputo a reivindicarem as melhores condições salarias e de trabalho, justiça laboral e a reclamarem o elevado custo de vida.
MAPUTO - Numa marcha pacífica e ordeira, os trabalhadores das diversas empresas, públicas e privadas, bem como empregados domésticos entoavam cânticos, ostentando dísticos e panfletos com a mesma mensagem: “exigimos salários justos, justiça laboral e melhores condições de trabalho”.
Igualmente, os trabalhadores clamavam por uma paz efectiva e repudiavam todos os actos de violência contra as populações e, consequentemente, a economia nacional.
Este clamor foi manifestado por diferentes grupos de defensores dos direitos laborais, nomeadamente a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos-Central Sindical (OTM-CS), Confederação dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique (CONSILMO), Organização nacional dos Professores (ONP), bem como pelo Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ).
Para os trabalhadores, na voz do Secretário-geral da OTM-CS, Alexandre Munguambe, a situação pouco evoluiu em relação às reclamações de 2015, no que concerne à paz, unidade e coesão nacional, desemprego de jovens, contratos precários de trabalho, descontos não canalizados à segurança social, entre outras.
“O custo de vida continua insustentável para a maioria dos trabalhadores. A justiça no trabalho continua a preocupar os trabalhadores, porque, por um lado, assistimos à escalada do trabalho precário, violação da legislação laboral, rescisão de contratos de trabalho sem justa causa e não observância das regras de higiene, saúde e segurança no trabalho, e, por outro, os tribunais de trabalho continuam a não ter uma implantação efectiva no país”, descreveu ele citado pela AIM.[CC]