Nacional

Moçambique recupera no Japão programa ProSavana

2017-03-14 08:27:56 (UTC+00:00)

Os governos de Moçambique e do Japão vão reactivar os compromissos assumidos a fim de reactivar o projecto trilateral ProSavana, a ser aplicado em 19 distritos das províncias da Zambézia, Nampula e Niassa, numa área estimada em 11 milhões de hectares.

MAPUTO - A concretização deste projecto que envolve igualmente o Brasil poderá ajudar, de acordo com o ministro José Pacheco, a transformar o Corredor de Nacala num celeiro alimentar para o país e reforçar a capacidade de exportar várias culturas em que a região tem um potencial elevado.

José Pacheco, que se encontra em Tóquio e integra a delegação do Presidente da República, Filipe Nyusi, que efectua uma visita oficial de quatro dias ao Japão, acrescentou estarem já em execução alguns pilares do projecto, visando dar corpo e forma aos objectivos preconizados no programa.

O ministro apontou, a título de exemplo, que o pilar da investigação passou de Maputo para laboratórios em Nampula, que funcionam não só para o Corredor de Nacala mas também para toda a região norte do país e parte da região centro.

No que se refere ao pilar investigação estão a ser formados quadros, tendo o ministro dado o exemplo de o país dispor pela primeira vez de um doutorado em ciências do caju, que vai ajudar a fomentar a produção desta colheita de rendimento em toda a região do Corredor e na zona norte.

Moçambique tem cerca de 4,5 milhões de produtores agrícolas, cerca de quatro milhões dos quais são de pequena dimensão, sendo estes últimos o alvo preferencial do ProSavana que os exporá a novas tecnologias, incentivos de diversa ordem, acesso a sementes e a factores de produção para que possam aumentar tanto a produção como a produtividade e, dessa forma, saírem de uma agricultura de subsistência para uma que gere excedentes.

O terceiro pilar do projecto consiste, segundo o ministro, no plano director, ainda na fase de consultas com diversos intervenientes dos três países.[CC]