Nacional
Moçambique registou 6,2 milhões de casos de malária e 196 mortes
2024-08-06 07:26:14 (UTC+01:00)
Moçambique registou 6,2 milhões de casos de malária no primeiro semestre de 2024, menos 22 por cento em igual período do ano passado, e o número de óbitos provocados pela doença baixou para 196, anunciou o Governo.
“A malária continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública no nosso país e, em parte, condiciona o nosso desenvolvimento económico”, reconheceu, ontem, na província da Zambézia, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante o arranque do programa de vacinação contra a doença.
“Os ganhos acima referidos resultam da utilização de intervenções combinadas e eficazes na redução do peso da malária no país”, afirmou o ministro, acrescentando que a nova vacina vai ser administrada em todas as unidades sanitárias da província da Zambézia.
“A seleção da província da Zambézia, como pioneira, está relacionada com o facto de ser a que tem o elevado peso da doença, medido pelo número de casos e óbitos”, referiu o governante, destacando igualmente que a vacinação vai expandir-se para todo o país, a partir de 2025, em função do aumento da disponibilidade da vacina a nível global.
O país iniciou, ontem, a vacinação contra a malária no país, começando pela província de Zambézia, centro do país, com um grupo alvo de crianças dos 6 aos 11 meses, anunciou o Ministério da Saúde.
“A vacina contra a malária tem efeitos na redução dos casos graves e óbitos por malária”, pode ler-se num documento do Ministério da Saúde que acrescenta que a vacinação que arranca hoje representa um investimento, numa primeira fase, de 381 mil 229 dólares financiados pelo Governo e pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), entre outros parceiros.
As autoridades anunciaram, anteriormente, que será utilizada no país a R21/Matrix-M, segunda vacina contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em outubro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A vacina a utilizar em Moçambique é a segunda recomendada pela OMS, após a RTS,S/AS01 em 2021, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária.