Nacional
Nestlé cria “barreiras” no andamento das obras da N6 em Dondo
2015-08-24 13:49:57 (UTC+01:00)
A continuação das obras de reabilitação e ampliação da Estrada Nacional Número 6 (N6) está comprometida, porque o empreiteiro carece de uma autorização para trabalhar numa área pertencente à empresa Nestlé.
O projecto que culminará com a construção de uma portagem, esta a ser realizado na cidade de Dondo, província central de Sofala.
Na sua edição de hoje, o “Diário de Moçambique”, dá conta de que, o empreiteiro terá informado a governadora de Sofala, Helena Taipo, que pretende executar as obras na margem esquerda, mas como existiam construções, só lhe restava opção do lado direito no espaço pertencente a Nestlé.
Quando confrontada com este problema, Taipo, mostrou-se bastante agastada “Este conflito não pode existir. A estrada é nossa. Não comecemos a criar problemas onde não existem. Vocês aqui são edil e administrador. Queremos este lugar para construção da estrada. Não podemos brincar. A estrada N6 tem que acontecer. Não quero ouvir, nem o director das Obras Públicas e nem o delegado da ANE a falarem sobre conflitos entre nós. A única coisa que tem de haver é a construção. A portagem tem que avançar”, sentenciou.
De acordo com a governadora a Nestlé já teve tempo mais do que suficiente para aproveitar o espaço, tal como pediu, “desde 2010, a Nestlé tem este terreno. Era suposto que estivesse a fazer alguma coisa. A Nestlé não está a cumprir com as suas obrigações. Há lei que regula isso. Não podemos criar impedimentos. Traçamos esta construção como uma das metas”.
Na ocasião, Taipo procurou ouvir do próprio empreiteiro sobre as razões que impedem o curso normal das obras, tendo recebido a seguinte resposta. “Ainda não temos a autorização para usar o espaço. O nosso projecto foi desenhado para ficar naquela outra margem (esquerda), mas como já tem obras, pedimos este lado (direito). Aqui deve ficar a portagem maior do nosso projecto. Por isso, estamos a tratar deste processo de documentos, para obtermos a autorização do espaço. Quando a tivermos, poderemos iniciar os trabalhos”. [FI]