Nacional
"Nós não recebemos militares nem armas de Cuba" Chissano
2017-09-29 12:54:22 (UTC+01:00)
O presidente honorário da Frelimo e antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, destacou no quarto dia do XI Congresso, a importância do apoio cubano para o desenvolvimento do país.
MAPUTO- Durante a saudação, a instantes, de moçambicanos que estudaram na Cuba, Chissano, citado pelo Jornal O País, contou como as relações entre os dois países começaram, tendo explicado que Fidel Castro viera à Moçambique para pedir desculpas ao povo moçambicano e à Frelimo, pela imagem negativa que os cubanos haviam criado de si.
"Nos primeiros anos da luta de libertação, houve uma campanha para denegrir a Frelimo e o seu líder Eduardo Mondlane". Chissano conta, acrescentando que estas campanhas chegaram à Cuba e causaram a situação que fez com que Fidel se deslocasse ao nosso país.
Segundo o Jornal O País, observando a carência do povo moçambicano, explica o antigo estadista, Fidel Castro decidiu enviar professores e médicos e também levar moçambicanos para formá-los no seu país.
"Ele soube que nós tínhamos um índice elevadíssimo de analfabetismo. Cerca de 98% da nossa população era analfabeta. Não tínhamos médicos, hospitais, professores", contou, acrescentando que Cuba enviou 50 médicos para trabalhar em Moçambique, sem salário.
Chissano acrescentou que a cooperação entre os dois países nunca mais parou. "Nós não recebemos militares nem armas de Cuba, recebemos professores, técnicos de agricultura, médicos, engenheiros".