Nacional
Nyusi diz que país não pode voltar a ser “encontrado em contra-pé” com cheias
2015-10-17 11:36:46 (UTC+01:00)
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, alertou ontem, na província da Zambézia, devastada no início do ano por fortes chuvas e cheias, que Moçambique não pode voltar a ser "encontrado em contra-pé" e deve preparar-se para calamidades naturais cíclicas.
MAPUTO - "Todos nós devemos estar atentos, não podemos ser encontrados em contra-pé", disse Filipe Nyusi, citado pela Lusa, durante uma conferência de imprensa à margem de uma simulação de uma operação de emergência em Mocuba, província da Zambézia, centro do país.
Só em Janeiro, no primeiro período da última época chuvosa, mais de 150 pessoas morreram, a maioria na província da Zambézia, onde as cheias destruíram dez torres de energia, colocando mais 300 mil pessoas às escuras, e interromperam a Estrada Nacional Nº1, a única que liga o centro ao norte do país, durante cerca de um mês.
O chefe de Estado moçambicano sublinhou a necessidade de os moçambicanos buscarem mais informações sobre as calamidades, como forma de mitigar os seus impactos no país.
"As escolas, por exemplo, têm de trazer nas suas abordagens à questão de como a criança tem de se comportar quando há esse tipo de fenómenos", salientou Nyusi, acrescentando que todos os ministérios também devem estar em prontidão.
"Todos nós devemos estar atentos", reiterou o chefe de Estado moçambicano.
Desde o início do ano, Moçambique viveu dois períodos de cheias nas províncias do centro e norte do país.
O último período de cheias, entre finais de Fevereiro e início de Março, afectou 41 mil famílias, coincidindo com um surto de cólera que provocou a morte a mais de 70 pessoas nas províncias de Tete, Nampula e Niassa.
Entre Outubro e Abril, o país é ciclicamente atingido por cheias, devido à localização a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral. [OD]