Nyusi exige combate rígido contra “caçadores” de albinos

O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou, ontem, a moçambicanos a um combate renhido contra aqueles que, pretendendo tornar-se ricos, assassinam os cidadãos albinos no país.

MAPUTO - Nyusi considera ser estranho que este fenómeno esteja confinado apenas nas províncias do norte de Moçambique.

As províncias do norte do nosso país, segundo Nyusi, estão a viver um clima estranho, traduzido por assassinatos de albinos.

Nyusi, que falava pouco depois da cerimónia do lançamento da campanha agrícola 2015/ 2016, convidou a sociedade a fazer uma reflexão sobre este problema, bem como uma maior vigilância e combate cerrado contra aqueles que matam albinos.

Disse que o governo já instruiu as forças de defesa e segurança para neutralizarem os indivíduos envolvidos nesta prática.

“O albino é uma pessoa normal como tantas outras no país”, vincou, citado pela AIM.

Acredita-se que esta perseguição dos albinos tem estado a ser fomentada por feiticeiros e curandeiros da Tanzânia. Os ataques contra albinos são comuns em alguns países da África Central, uma tendência que tende a propagar-se para outros países da África Austral, incluindo Moçambique e Africa do Sul.

Naquele país vizinho de Moçambique, os curandeiros chegam a pagar 75.000 dólares americanos por um conjunto completo de partes do corpo de albinos, segundo um relatório da Cruz Vermelha, para o fabrico de amuletos e prática de feitiçaria para trazer boa sorte, amor e riqueza. [OD]