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"O diálogo de 1990-1992 fez-se no meio do fogo" Joaquim Chissano

2016-04-10 06:27:02 (UTC+01:00)

O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, defende que o Governo deve continuar as suas ações militares contra a Renamo, enquanto o movimento apostar na via armada como instrumento político.

MAPUTO- "Se a Renamo deixasse de disparar contra a população, não haveria necessidade de se proteger a população, porque não haveria fogo", disse Chissano, em entrevista ao semanário Savana.

Joaquim Alberto Chissano, que governou o país durante 18 anos, recordou que o seu Governo negociou o Acordo Geral de Paz de 1992, enquanto o país estava em guerra.

"O diálogo de 1990-1992 fez-se no meio do fogo. Não parou a luta, porque o Governo estava consciente de que tinha o dever de defender a população e não podia recuar de qualquer maneira. Fizemos o que nós podíamos e salvámos até onde pudemos", disse Chissano. [FM]