Pintor morre depois de cair do 17º andar de prédio em construção

Um trabalhador morreu, na manhã de ontem, depois de ter caído do 17.º andar de um edifício em construção, no complexo do Hotel Radisson, na cidade de Maputo.

MAPUTO - De nome Sílvio Zimba, o finando era natural de Chicumbane, na província de Gaza, mas trabalhava numa empresa sul-africana subcontratada na obra que tem como empreiteiro principal a Stefanutti Stocks (SS) Moçambique.

A morte, registada por volta das 7 horas, ocorreu quando os demais trabalhadores ainda estavam a preparar-se para começar o dia e a vítima caiu da torre do lado do Centro de Conferências. O empreendimento é constituído por duas torres interligadas e é propriedade do grupo Fenix Projectos e Investimentos.

À Imprensa foi vedado o acesso ao local e ninguém ligado à obra falou a jornalistas, apesar das insistentes solicitações. Mesmo a Inspecção-Geral do Trabalho ao nível da capital, representada pela respectiva chefe, Maria do Nascimento Meque, só prestou declarações após insistência.

A fonte disse que o finado era pintor e teve uma queda fatal a partir do 17º andar por causas ainda por apurar.

Esclareceu que se trata de um acidente de trabalho, pondo de lado a hipótese de suicídio que se avançava mesmo antes da chegada da Polícia de Investigação Criminal (PIC).

“Trata-se de um acidente de trabalho”, respondeu quando questionada sobre as especulações da vítima ter-se atirado para o chão propositadamente. Ajuntou que só as investigações da PIC poderão trazer novos dados diferentes deste.

Apesar da morte do trabalhador a construção continua e nem chegou a parar mesmo enquanto decorria a recolha de dados e se esperava pela remoção do corpo.

Esta é o segundo caso de mortes de trabalhadores nas obras de construção de prédios na cidade de Maputo e menos de dois meses. O anterior sinistro, que matou sete pessoas, ocorreu na barreira da Maxaquene e foi causado pelo desabamento de andaimes.[OD]