Polícia neutraliza supostos sequestradores em Maputo

Três indivíduos estão a respirar o ar das celas na 12ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade de Maputo, acusados de pertencer a um grupo de sequestradores que actuava nas cidades de Maputo e Matola.

Maputo- Segundo a polícia trata-se de Jonas, 32 anos de idade, Luís (30) e José (28), integrantes do grupo que em Outubro do ano passado raptou uma cidadã de nacionalidade portuguesa, gestora de uma empresa de prestação de serviço, tendo em troca da sua libertação pedido um milhão de meticais resgate.

O grupo chegou a receber dos familiares da vítima, quatro dias depois, 730 mil meticais para libertá-la do cativeiro, no bairro Jonasse, posto administrativo da Matola-Rio, distrito de Boane, província de Maputo.

O grupo viria a ser detido Domingo, depois de um trabalho desencadeado pela Polícia. Na altura foi possível recuperar uma arma AKM contendo 14 munições e uma pistola, para além de duas viaturas, uma de marca Jeep e outra Nissan que eram usadas para prática de ilícitos.

Fonte policial refere que os três arguidos dedicavam-se a sequestros de cidadãos nacionais e estrangeiros pressionando os seus familiares a pagarem avultadas somas monetárias em troca de resgate.

O rapto da cidadã de nacionalidade portuguesa vinha sendo orquestrado pela quadrilha havia mais de três semanas e viria a se efectivar com envolvimento de outros dois comparsas, ora em parte incerta.

Orlando Mudumane, porta-voz da PRM no Comando da Cidade de Maputo, disse que os sequestradores foram detidos graças ao trabalho que a corporação tem estado a desencadear com vista a acabar com estes crimes e devolver a tranquilidade às duas cidades.

Mudumane explicou que estes indivíduos eram procurados há bastante tempo pela Polícia porque teriam participado em vários casos, com destaque para o crime de burla, mas por serem criminosos por tendência envolveram-se noutros actos ilícitos.

A fonte disse que no ano passado este grupo protagonizou um total de quatro sequestros, sendo que duas das suas vítimas são estrangeiras e outras de nacionalidade moçambicana. [FM]