Nacional
Presidente da República vai ao Vaticano
2018-09-11 13:44:20 (UTC+01:00)
O Presidente da República, Filipe Nyusi, inicia esta quinta-feira uma visita oficial de três dias ao Estado do Vaticano a convite da Sua Santidade o Papa Francisco, anunciou a Presidência da República em comunicado.
MAPUTO- O chefe de Estado vai manter conversações oficiais com o papa e tem encontros agendados com o cardeal Pietro Parolini, secretário de Estado da Santa Sé, bem como com a Comunidade de Santo Egídio e com a comunidade moçambicana residente na Itália.
"A visita ao Vaticano visa fundamentalmente aprofundar as relações de amizade, solidariedade e perspetivar a cooperação entre Moçambique e o Vaticano", refere-se no comunicado.
Filipe Nyusi vai viajar acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco, do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, e da Justiça Assuntos Constitucionais e Religiosos, Joaquim Veríssimo.
Acompanham-no ainda o embaixador de Moçambique na Santa Sé, Amadeu Conceição, assim com quadros da Presidência da República e de outras instituições do Estado.
A igreja tem sido um dos intervenientes nos processos de paz em Moçambique, um papel assinalado por Nyusi há poucas semanas, numa mensagem de felicitações dirigida a Edgar Peña Parra, núncio apostólico de Moçambique, designado para um novo cargo no Vaticano.
"Hoje, estamos seguros que a paz efectiva e duradoura que a Igreja Católica, em geral, e sua santidade Papa Francisco, em particular, sempre apoiaram, incondicionalmente, é uma certeza irreversível, pois os moçambicanos, a cada dia se reconciliam irmanados na construção do seu destino comum", referiu o chefe de Estado.
O Governo da Frelimo e a Renamo estão a negociar um novo acordo de paz, depois do cessar-fogo sem limite anunciado em Dezembro de 2016 pelo líder da oposição, Afonso Dhlakama, que morreu devido a complicações de saúde a 03 de maio deste ano.
As armas calaram-se no centro do país, zona de conflito, e as negociações em curso incluem acordos para a descentralização do poder, desarmamento e reintegração das forças da Renamo.