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Programa de Apoio a Moçambique: FMI acredita no rápido retorno das discussões
2017-06-06 06:11:47 (UTC+01:00)
O Representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Moçambique, Ari Aisen, garante que as discussões com o Governo com vista ao estabelecimento de um novo programa para o país serão reatadas em breve.
MAPUTO- Segundo a Rádio Moçambique que cita Ari Aisen, missões de assistência técnica do FMI continuam a apoiar reformas chave que vêm sendo implementadas no país.
Apontou como exemplo o apoio que a sua instituição presta ao Banco de Moçambique no quadro de operações da política monetária, na supervisão bancária e nos mercados interbancários monetário e cambial.
“Temos também prestado apoio ao Ministério da Economia e Finanças, nomeadamente no que respeita à gestão financeira pública e de riscos fiscais, bem como na gestão das empresas estatais e da dívida, da massa salarial e reformas aos subsídios”, afirmou citado pela Rádio Moçambique.
Outras intervenções do FMI, actualmente em curso no país, estão centradas na Autoridade Tributária de Moçambique, onde o Fundo está a apoiar a modernização da estrutura organizacional, no sistema integrado de E-tributação para imposto sobre o rendimento, na administração tributária dos recursos naturais, entre outros.
Na recente apresentação, em Maputo, do Relatório sobre as Perspectivas Económicas da África Subsahariana e de Moçambique, Aisen considerou que a economia moçambicana está a registar um importante crescimento, embora incipiente, prevendo-se que até ao final do presente ano possa superar as projecções anteriores.
Segundo ele, estimativas recentes do FMI apontam para um crescimento na ordem de 4,5 por cento no presente ano, previsão que pode variar em função das medidas que forem sendo tomadas nos próximos meses.
O crescimento que se regista actualmente, de acordo com a fonte, resulta de medidas macroeconómicas que o país foi tomando, principalmente desde o segundo semestre de 2016 nas vertentes financeira, cambial e fiscal.
Neste contexto, apontou, por exemplo, o aperto das políticas fiscais, sobretudo no segundo semestre de 2016, o acompanhamento da evolução das taxas de juro e implementação da política restritiva monetária pelo Banco Central.
“Há sinais de recuperação: o mercado cambial reequilibrou, o Metical, a moeda nacional, apreciou-se e o Banco Central está acumulando reservas”, afirmou Aisen. [FM]