Nacional
Ragendra de Sousa defende estabelecimento de empresas da China em Moçambique
2018-04-30 08:18:23 (UTC+01:00)
O ministro da Indústria e Comércio, disse em entrevista à Revista Macao, que Moçambique tem boa localização geográfica, terreno, população jovem e recursos naturais, que são excelentes vantagens para as empresas da China se estabelecerem no país.
MAPUTO- Ragendra de Sousa, lembrou ainda que há muito espaço para novos investidores em Moçambique em sectores produtivos destinados ao mercado interno e à exportação, mas reafirmou quer a agricultura é uma das mais importantes áreas de desenvolvimento do país e que não pode ser esquecida.
Durante a entrevista o ministro disse ainda que Moçambique está preparado para receber parques industriais da China que se queiram estabelecer no país, mas lembrou que as empresas que vierem para Moçambique "têm de produzir para o mercado doméstico sem esquecerem o da exportação".
O ministro recordou que a China está num processo de transformação e deslocação de indústrias e Moçambique pode beneficiar dessa estratégia.
"A nossa localização é uma mais-valia porque faz de Moçambique uma ponte entre a Ásia, o resto da África e o mundo", disse ainda o ministro Ragendra de Sousa.
Sousa defendeu esta sua posição ao afirmar que da Ásia para a Europa quem não utilizar o Canal de Suez tem de passar por Moçambique.
O ministro da Indústria e do Comércio lembrou que a exploração de gás e de carvão pode fazer com que o rendimento per capita da população aumente de 400 para 3000 dólares.
"O facto de existirem reservas de minério de ferro com possibilidades de exploração nos próximos 150 anos poderá permitir que se criem indústrias pesadas em Moçambique porque teremos energia e gás, além do minério", disse.
Referindo-se à próxima presença de Moçambique na Feira Internacional de Macau em Outubro deste ano, Ragendra de Sousa disse que o objectivo "é mostrar o que temos e internacionalizar cada vez mais a nossa economia de modo a que os empresários moçambicanos possam fazer parcerias e negócios".