Nacional
Recolha domiciliária de resíduos sólidos não abrange todos moradores em Maputo
2016-10-20 08:26:29 (UTC+01:00)
A recolha domiciliária dos resíduos sólidos urbanos não abrange todos moradores do município de Maputo, que mesmo pagando a taxa de lixo não beneficiam deste serviço, o que constitui injustiça segundo afirmam os moradores.
MAPUTO- O pagamento da taxa de lixo insere-se na estratégia adoptada pelo Conselho Municipal de Maputo para a gestão de resíduos sólidos nos distritos municipais de Ka-Maxaqueni, Ka-Mubucuane, Ka-Mavota e Ka-Nlhamankulu.
Os morradores por exemplo do bairro George-Dimitrov sentem-se desgastados com a situação, pois mensalmente pagam taxa de lixo e não tem retorno contínuo e satisfatório da parte do município.
Joana Nhaia é residente neste bairro e afirma que sente-se excluída da actividade feita pelas empresas que recolhem lixo pois estas não anunciam o seu trabalho e nem tem dia da semana fixo para a recolha dos resíduos.
“Por exemplo, este ano apenas tive o lixo recolhido apenas três vezes, isto porque coincidiu enquanto saia a rua e os encontrei. Actualmente não se usam mais auto- falantes pra anunciar a recolha muito menos apitos, é o que faz com que não saibamos nós que estamos distantes da rua principal que se esta a recolher lixo” desabafou.
O senhor Soweto morador no bairro de Bagamoyo, diz que perante esta situação notável de exclusão, para evitar acúmulo de lixo em sua residência opta por obter soluções domesticas como queimar ou abrir covas para enterrar os resíduos sólidos, estratégias estas que nem sempre são sustentáveis devido a falta de espaço e receito de provocar queimadas descontroladas no caso de incineração dos resíduos.
O senhor Edmundo também morador no bairro Bagamoyo conta que por vezes, recorre a contratação de indivíduos singulares para remoção, sujeitando-se, ao pagamento duplo, uma vez que é descontada uma taxa no valor de 45 meticais mensais, no acto da compra de energia eléctrica.
A recolha primária de lixo é feita por, pequenas empresas e é habitualmente feita em carrinhos de tracção humana, mais conhecidas por txovas, para posterior depósito nos contentores colocados nas grandes vias. [VM]