Nacional
Renamo exige comissão de inquérito a escândalo sobre empresa de atum
2015-07-24 07:33:04 (UTC+01:00)
A Renamo, principal partido de oposição do país, exigiu ontem a criação de uma comissão de inquérito parlamentar para o esclarecimento do negócio de 850 milhões de dólares envolvendo a criação pelo Estado da empresa de atum Ematum.
MAPUTO - "É tempo de criarmos uma comissão de inquérito parlamentar com vista a apurar o valor real dos barcos (atuneiros e patrulheiros), os nomes das pessoas e instituições envolvidas neste negócio sujo e responsabilizá-los", disse ontem António Muchanga, deputado e porta-voz da Renamo.
Num discurso que leu durante a sessão de perguntas e respostas com o Governo, na Assembleia da República, Muchanga exigiu a responsabilização judicial do atual Presidente da República, Filipe Nyusi, que era ministro da Defesa à data do negócio, do seu antecessor Armando Guebuza, e do antigo ministro das Finanças Manuel Chang, pelo seu papel na operação.
Há cerca de duas semanas, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido no país, também exigiu a responsabilização criminal de Armando Guebuza e Manuel Chang pela sua ligação ao negócio da Ematum.
As autoridades moçambicanas estão debaixo de fogo dentro e fora do país por alegada falta de transparência na angariação de 850 milhões de dólares (773 milhões de euros) no mercado europeu de títulos de dívida, para a compra de barcos de pesca e navios de patrulha.[OD]