Nacional

Suspensos dois inspectores pelo Governo de Sofala

2015-10-28 06:23:41 (UTC+00:00)

O Governo de Sofala, suspendeu com efeitos imediatos dois inspectores, por terem tomado uma decisão que competia a uma comissão encabeçada pela governadora provincial, Maria Helena Taipo.

MAPUTO - Segundo apurou o Diário de Moçambique trata-se de Gabriel Jeremias e António Manuel Chisseve, respectivamente.

De acordo com o porta-voz do Governo de Sofala, director provincial dos Transportes e Comunicações, Hélcio Cânda, falando em conferência de imprensa, a empresa Hen Xing havia sido suspensa por irregularidades, entre as quais a falta de protecção, maus-tratos aos trabalhadores e falta de licença para o exercício da actividade a que se dedicava.

Em função destas anomalias na Hen Xing, Taipo formou uma equipa multissectorial, constituída pelas direcções do Trabalho, Plano e Finanças, Coordenação e Acção Ambiental, Serviços de Migração, Meio Ambiente, Autoridade Tributária de Moçambique, Inspecção das Actividades Económicas.

A comissão está sob liderança da governadora, com objectivo de aprofundar as anomalias que levaram à suspensão das actividades da empresa chinesa.

Contudo, no dia 9 do mês em curso, os camiões da empresa Hen Xing foram neutralizados no posto administrativo de Tica, distrito de Nhamatanda, carregados de madeira, ignorando-se desta forma, a medida de suspensão declarada pelo Governo provincial.

Na altura em que um dos camiões foi neutralizado, o respectivo motorista apresentou a documentação que dá contas do levantamento da suspensão pela Inspecção do Trabalho de Sofala e delegação provincial da INAE.

O referido documento chegou as mãos da governadora que de imediato reuniu a comissão multissectorial para apurar a quem competia o levantamento da suspensão aquela empresa.

“Verificando o incumprimento das atribuições, o Governo de Sofala decidiu hoje (terça-feira) suspender o inspector-chefe do Trabalho de Sofala e o delegado provincial da Inspecção Nacional das Actividades Económicas das actividades, enquanto decorrem procedimentos criminais e administrativos”, referiu Hélcio Cânda.

Ainda na sequência deste caso, três agentes das Alfandegas de Moçambique e um técnico dos Serviços Provinciais de Floresta e Fauna Bravia de Sofala, encontram-se detidos acusados de facilitar o contrabando da madeira. [OD]