Tarifas de energia poderão continuar a subir

As tarifas de energia em vigor no país poderão continuar a subir até que a Electricidade de Moçambique (EDM) alcance um equilíbrio financeiro entre os custos de produção, investimentos em curso e pagamentos dos consumos efectuados pelos clientes.

MAPUTO- O administrador da área financeira na EDM, Noel Govene, explicou que o ajustamento tarifário é um dos mecanismos na posse da empresa rumo à sustentabilidade financeira, um dos grandes objectivos da reestruturação em curso.

Govene que falava, semana passada, num encontro na cidade de Maputo, não afirmou categoricamente que haverá um novo ajuste dos custos de energia fornecida aos consumidores, mas destacou que neste momento a EDM precisa de um equilíbrio financeiro para garantir a sua sustentabilidade.

Durante os últimos anos, a empresa adquiriu a energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e de outros fornecedores a um certo valor e foi vendendo-a ao público a um custo inferior devido à falta de autorização governamental para ajustar à tarifa.

Dados da EDM apontam que até Agosto do ano passado, período do último agravamento do preço de electricidade, a empresa obtinha o recurso a um custo médio de dez cêntimos e meio do dólar e vendia a cinco cêntimos do dólar cada quilowatt/hora.

Antes do agravamento de Agosto, os custos de energia haviam sido revistos em alta no mês de Novembro de 2015 e em Outubro de 2016.

Os aumentos, de acordo com a instituição, visaram tirar a empresa de um estágio de insustentabilidade de adquirir a energia a um custo alto e vendê-la abaixo do valor de aquisição.

Graças aos ajustamentos tarifários, a EDM reportou que melhorou “bastante” a capacidade de suporte às operações, tendo conseguido implementar projectos estruturantes que asseguram e elevam a qualidade de fornecimento de energia em todo o país.

Destaca-se a reposição e ampliação da subestação da Matola, que deixou Maputo e o sul do país sem energia em 2016, e a nova linha Ressano-Garcia – Macia, que confere segurança e fiabilidade de energia para Gaza e Inhambane.

Aponta-se ainda a reabilitação das centrais de Chicamba e Mavuzi, em Manica, bem como a ampliação da subestação de Chibata e da respectiva linha para Dondo.






Fonte: Jornal Notícias