Total exportará gás do Rovuma depois 2027

A TotalEnergies não exportará o gás natural liquefeito (GNL) de Moçambique antes do ano 2027, no mínimo, pois considera que se deve reiniciar um projecto interrompido há dois anos por ataques terroristas na província de Cabo Delgado.

A gigante francesa da energia declarou força maior – uma pausa legal num contracto devido a eventos imprevistos – em Abril de 2021, depois que terroristas ligados ao Estado Islâmico invadiram Palma, vila distrital próxima ao seu projecto, matando dezenas de pessoas.

A retoma do projecto de 20 mil milhões de dólares norte-americanos é vista como crucial para o futuro económico de Moçambique e ganhou maior significado global depois que a eclosão da guerra russa-ucraniana obrigou a Europa a buscar fontes alternativas de combustível.

“A partir do momento em que reiniciaremos a produção, precisaremos de mais quatro anos para construir a instalação”, disse o director de projectos da TotalEnergies, Stephane Le Galles, durante uma visita ao local, na semana passada. Isso significa que as exportações de gás natural liquefeito só começariam em “2027, na melhor das hipóteses”, acrescentou, citado pela Bloomberg.