Nacional

Tribunal sul-africano nega caução a moçambicano acusado de massacre

2018-11-25 05:51:01 (UTC+00:00)

O Ministério Público sul-africano recusou o pedido de caução de um cidadão moçambicano e do seu cúmplice zimbabueano acusados do massacre de sete pessoas da mesma família em Vlakfontein, sul de Joanesburgo, no mês passado.

MAPUTO- O massacre de sete pessoas, incluindo quatro crianças da família Khoza no mês passado, é considerado macabro mesmo no padrão criminal sul-africano caracterizado por extrema violência nas comunidades.

Até agora, desconhece-se ainda o motivo do crime que abalou a comunidade de Vlakfontein.

"Como Estado acreditamos que cometeram ofensas estatutárias e depende deles apresentarem circunstâncias excepcionais para se qualificarem a caução, mas achamos que não são candidatos qualificáveis para terem fiança e portanto devem ser mantidos sob custódia até ao fim de procedimentos legais", diz o Ministério Público.

O imigrante moçambicano, Fifita Khupe, de 61 anos e que vive na África do Sul legalmente desde 1975, mantinha relações há 15 anos com a dona de casa na qual ocorreu o crime.

"Sei que vem de Moçambique, porque lhe conheci há 16 anos, mas nunca falei com ele. Apenas sei que é uma pessoa que vivia naquela casa, mas nunca falei com ele", disse Teboho Lekoetje, que perdeu sua filha de 11 anos e a namorada no massacre.